Parente promove censura na Petrobrás

Por Tadeu Porto, petroleiro da Bacia de Campos e diretor do Sindipetro-NF

É incrível como age a direita desse país: gritavam a todo o custo que o Brasil era uma “ditadura bolivariana” (nada mais ridículo com os governos Lula e Dilma dando rios de dinheiro para Globo & cia) e foi só dar um Golpe para assumir o poder para começar uma campanha aberta de censura.

Exemplos não faltam: Alckim conseguiu quebra do sigilo de contas do twitter que o chamava de ladrão de merenda (imagina quando quiserem pegar quem escreve luladrão); Eduardo guimarães foi sequestrado e humilhado por soltar uma matéria sobre a Lava-Jato; O canal cultura de São Paulo censurou uma música que falava mal de Dória e Alckmin e por aí vai.

Agora é a vez da Petrobras, que presenteou os jornalões com uma campanha de publicidade gigante semana passada do jeito que Temer pediu, impedir que seus funcionários gravem vídeos institucionais utilizando roupas vermelhas.

Numa campanha intitulada “homenagem por tempo de serviço” a estatal de petróleo pede para que seus funcionários e funcionárias gravem vídeos com algumas características como: resolução Full HD; boa iluminação; local silencioso e, pasmem, é vetado a utilização de roupas com listras, xadrez e tampouco vermelha!

O verde/amerelo que levou Temer ao poder tá liberado; o azul tucano também. Lilás, grená, salmão, gelo, fúcsia, branco e preto também podem, só o vermelho que não.

Aliás, o português da mensagem é tão porco (a ignorância é marca da direita) que permite que as pessoas gravem vídeos sem roupa ou com patos amarelos na cabeça, mas  que censura uma simples cor, o vermelho, atribuída a esquerda em geral.

Não sabemos mais o que falta para o país entender que estamos nos distanciando da pouca democracia que construímos no período pós CF88 e, a continuar políticas como essa, o fascismo se perpetuará de vez nossa cultura trazendo consequências inimagináveis para o nosso país.

Via Sindipetro-NF