FNDC cobra regulamentação do sistema de concessão de rádios e TVs

Semana Nacional pela Democratização da Comunicação prossegue até  domingo, 25.

Não é de hoje que os movimentos sociais questionam a manipulação dos meios de comunicação de massa. A atual crise política e institucional que paralisa o país há quase um ano é resultado direto da campanha diária do pensamento único da mídia partidarizada, controlada pelas elites. Daí a importância da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, que vem promovendo debates, audiências e atos públicos pelo país afora, explicando a importância da regulamentação dos cinco artigos da Constituição Federal que tratam da Comunicação Social (5, 21, 220, 221, 222 e 223).

As atividades tiveram início no dia 14 e prosseguem até 25 de outubro, promovidas pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que cobra do governo e dos parlamentares que regulem o sistema de concessão de rádios e TVs, garantindo políticas públicas que promovam pluralidade de vozes e diversidade cultural. “A chamada grande mídia brasileira reproduz um pensamento único, que nos últimos anos tem, em muitas ocasiões, disseminado preconceito, discriminação e veiculado um discurso de ódio social e político”, ressalta o FNDC, em nota pública.

Diversos países do mundo têm leis que regulam o funcionamento dos meios de comunicação. É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha, Itália e Portugal. Na América Latina, o povo argentino garantiu em 2013 uma lei que regulamenta os serviços de audiovisual. No Uruguai, Equador, Bolívia, Chile e México, legislações semelhantes também estão sendo aprovadas.

“Estive recentemente na Europa e lá há veículos que representam diversas visões e vários setores da sociedade. Aqui, todos dizem a mesma coisa”, criticou o jornalista Mino Carta, em um debate promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. “No Brasil, ainda não abolimos a casa grande e a senzala. A mídia é a porta-voz da Casa Grande”, denunciou.

Para romper com esse modelo, o FNDC lançou há dois anos uma campanha de coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática. Participe, acessando www.paraexpressaraliberdade.org.br/assina.php

Fonte: FUP