CSA define que luta pela democratização das comunicações deve pautar o sindicalismo nas Américas

CUT

O II Congresso da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), maior espaço deliberativo da organização, decidiu que a democratização da comunicação deve ser uma das prioridades do sindicalismo do continente no quadriênio 2012-2016, com a finalidade de conseguir mudanças nos sistemas políticos, melhorar a articulação do movimento e ampliar seu diálogo com a sociedade.

Para aprofundar o debate e tratar de ações concretas em relação ao tema, a CSA convocou o conjunto das centrais a participar da inicia nesta quarta-feira  em Montevidéu, Uruguai. O evento conta com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Sindical (FES).

Leis de Comunicação nas Américas: justas?

O evento abordará as legislações existentes nas Américas referentes à comunicação, o que inclui os monopólios e oligopólios dos meios, a liberdade de informação e a criminalização da imprensa alternativa – temas amplamente discutidos no II Congresso da CSA.

O debate inaugural “O processo político da democratização das comunicações e a ação sindical: mapas de países e avanços na mudança legislativa” contará com a participação do secretário geral da CSA, Victor Báez; do diretor de Comunicação da FES, Omar Rincón; do ex-diretor nacional de Telecomunicações do Uruguai, Gustavo Gómez; e do diretor da Agência Latinoamericana de Informação (ALAI), Osvaldo León.

Posteriormente haverá o debate sobre a relação entre os meios comunitários e os movimentos sociais, com a presença de María Pia Matta, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC); Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT Brasil e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), e de Bárbara Figueroa, presidenta da CUT Chile. O tema dialoga com a resolução do II Congresso da CSA que orienta para a formação de alianças entre o movimento sindical e demais movimentos sociais e comunitários, a fim de criar redes de informação autônomas e independentes.

Dentro do movimento sindical

Os dois debates da tarde de quarta-feira tratarão do papel da comunicação dentro dos sindicatos e confederações. O II Congresso da CSA concluiu que a comunicação sindical deve ser convertida em estratégia e agente de transformação para a promoção dos direitos de toda a classe trabalhadora. Também orientou aos sindicatos a criarem seus próprios meios comunitários, com vistas à democratização.

A mesa “O balanço do acumulado na estratégia sobre comunicação da CSA e suas filiadas”, terá exposição de Leonardo Wexell Severo, da Rede de Comunicação da CSA e editor do site da CUT Brasil, e Gerardo Martínez, secretário Internacional da CGT Argentina e secretario geral de UOCR (União Operária da Construção da República Argentina).

O último debate da quarta-feira foca “As prioridades políticas sobre a democratização da comunicação à luz das orientações do II Congresso da CSA”, com a participação de Victor Báez e Amanda Villatoro (secretária de Política Sindical e de Educação da CSA).

Ideias postas em prática

Na quinta-feira pela manhã a CSA chama os sindicalistas a protagonizarem as mudanças na comunicação no debate: “Os compromissos que orientam a ação sindical nacional na articulação com a política da CSA”. Serão discutidas ações específicas para os países onde as conquistas em termos legislativos estão próximas, ou onde há condições para que o movimento pela democratização possa avançar, assim como o papel dos sindicatos neste processo.

Estarão presentes: Adolfo Aguirre, da secretaria de Relações Internacionais da CTA Argentina; Artur Henrique, secretário-adjunto de Relações Internacionais da CUT Brasil; Martha Heredia, presidenta do Comitê de Mulheres Trabalhadoras das Américas (CMTA); Miguel Edward, secretário geral de Convergência Sindical Panamá; e Víctor Báez, secretário geral da CSA.

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