Drama dos trabalhadores da Empercom expõe mazelas da terceirização

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Desde o ano passado, os trabalhadores da Empercom, uma das principais empresas que presta serviços para a Petrobrás nos campos de produção terrestre, vêm sofrendo uma série de problemas financeiros, em função de falta de pagamento de salários e direitos, como tíquete refeição e plano de saúde. Apesar das mobilizações da categoria, denúncias e cobranças dos sindicatos e da FUP, a situação se agravou esse ano e em abril, a Justiça do Trabalho bloqueou os contratos da Empercom com a Petrobrás para garantir o pagamento dos trabalhadores.

Como os contratos com a terceirizada são anteriores à implementação do Fundo Garantidor, conquistado pela FUP no último Acordo Coletivo, os sindicatos estão recorrendo à Justiça para bloquear as contas da Empercom e garantir o cumprimento de todos os direitos dos trabalhadores. Paralelamente, estão sendo feitas negociações com a Petrobrás para que assuma suas responsabilidades enquanto contratante, viabilizando uma solução para esse impasse que atinge centenas de famílias.

Sem receber salários desde março, sem plano de saúde, tíquete alimentação e férias, mais de 500 trabalhadores da Empercom estão em greve por tempo indeterminado. As sondas operadas pela empresa na Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas foram paralisadas e, apesar da gravidade da situação que vivem esses petroleiros, a Petrobrás ainda se utiliza de práticas antissindicais para manter a qualquer custo a produção.

Na Bahia, a gerência chegou a chamar a polícia no último dia 28 para reprimir a paralisação dos trabalhadores em Candeias e em São Sebastião. No Rio Grande do Norte, a Petrobrás discriminou os trabalhadores grevistas, ao liberar uma parcela das verbas retidas da Empercom para adiantar parte do pagamento dos que não aderiram à greve.

A FUP e seus sindicatos continuam pressionando a Petrobrás a intervir para garantir o pagamento dos salários, tíquetes alimentação e férias atrasados, bem como o restabelecimento do plano de saúde e demais direitos.

Fonte: FUP, com informações dos Sindipetros Bahia e Rio Grande do Norte