08 de março é dia de luta!

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FUP, com informações do NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação

Neste 08 de março, o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher. Uma data que reafirma a luta pelo fim do sexismo, da opressão e da violência contra a mulher. Uma data de mobilização contra o preconceito, as discriminações salariais, o assédio sexual e moral e tantas outras batalhas que fazem parte do dia a dia da mulher trabalhadora. Poucos, no entanto, são aqueles que de fato conhecem a verdadeira origem do 08 de março, uma história de luta que remonta ao início do século XX. 

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No ano de 1910, após várias discussões sobre a liberdade da mulher e o direito ao voto, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas propõe a realização anual do Dia Internacional da Mulher. As mulheres reunidas na Conferência decidem que cabe a cada país escolher o melhor dia para as celebrações. A partir de então, nos países onde havia partidos socialistas as mulheres começaram a realizar atos para  promover as bandeiras de lutas específicas das mulheres. 

O 8 de marçoviria a ser fixado como Dia Internacional da Mulhera partir de uma greve iniciada naquele dia no ano de 1917, na Rússia. No dia 23 de fevereiro no calendário russo explodiu uma greve espontânea das tecelãs e costureiras de Petrogrado. Essa manifestação foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa. Em homenagem aquela greve as mulheres socialistas de vários países do mundo passaram a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 08 de março.

Vem aí o I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas

Lugar de mulher é onde ela quiser! E ela quer estar em todos os lugares!

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As mulheres petroleiras estão somando forças e construindo uma plataforma de reivindicações e lutas.   Através da organização sindical, elas querem assegurar o direito a um ambiente de trabalho sem discriminações e que respeite o universo da mulher, que representa hoje 17% dos trabalhadores da Petrobrás.  A grande maioria dessas petroleiras atua em áreas administrativas, sendo que praticamente 50% delas estão lotadas nos escritórios. Apesar da Petrobrás ser presidida por uma mulher, apenas 6% dos cargos de liderança são ocupados por petroleiras, sendo que menos de 2% têm autonomia de decisão.

Os dados da Petrobrás provavelmente são muito semelhantes aos das demais empresas do setor petróleo. Por isso, o empoderamento da petroleira, seja no ambiente de trabalho ou nas demais esferas da sociedade organizada, como os sindicatos e o poder público, será um dos temas abordados no I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas, que acontecerá entre os dias 05 e 07 de abril, no Rio de Janeiro, cujo tema será “Lugar de mulher é onde ela quiser! E ela quer estar em todos os lugares!“.

Organizado pelo Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, em conjunto com a FUP e seus sindicatos,  o Encontro discutirá o enfrentamento aos assédios moral e sexual, que ainda são recorrentes na Petrobrás e nas demais empresas do setor, bem como bandeiras de luta e reivindicações específicas do universo da mulher petroleira.  O evento pretende reunir trabalhadoras de todas as bases do país e terá uma programação com palestras e atividades culturais.  “Queremos respeito e nossos direitos assegurados no ambiente de trabalho, nas lutas da nossa categoria, nos espaços públicos e privados. A organização e a unidade das mulheres petroleiras é o caminho”, destaca Marbe Cristina Noguerino, coordenadora provisória do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, cujo regimento  interno será definido durante o Encontro Nacional, quando também será eleito o colegiado de representantes.

O Coletivo foi criado no ano passado durante a III Plenafup e é resultado de debates regionais de mulheres petroleiras. A idéia ganhou força nos encontros que aconteceram em março de 2012, em São Paulo e na Bahia e se solidificou na Plenária Nacional da FUP. No segundo semestre, as mulheres petroleiras do Rio Grande do Norte e da Região Sul ampliaram a luta com novos encontros e em janeiro deste ano, o Coletivo foi formalizado em uma reunião na sede da FUP, no Rio de Janeiro.

Atualmente, o Coletivo conta com a participação de petroleiras de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Duque de Caxias, Norte Fluminense, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. O I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas poderá ter até três representantes por sindicato e também das oposições reconhecidas. Assim que for definida a programação e datas de inscrição, a FUP divulgará em seus boletins e em seu sítio na internet. Quem quiser obter mais informações sobre o evento pode entrar em contato com a coordenadora do Coletivo, Marbe Cristina, através do e-mail [email protected]