Greve dos petroleiros continua em todo o país

 

A paralisação nacional dos trabalhadores do Sistema Petrobrás não foi interrompida pela sentença do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que em uma decisão monocrática do ministro Ives Gandra, criminalizou a greve. Além de desrespeitar o direito de greve, o ministro impôs multa diária de R$ 250 mil a R$ 500 mil aos sindicatos.

O movimento vai seguir em todo o país até que os trabalhadores reavaliem a questão em assembleias convocadas pelos sindicatos. Enquanto isso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados já estão tomando as providências necessárias para recorrer da decisão do TST.

De acordo com o Diretor de Comunicação do Sindipetro/MG, Felipe Pinheiro, o posicionamento do ministro Ives Gandra é grave e pode se estender aos trabalhadores de outras categorias.

“Do jeito que foi colocado por esse ministro, o trabalhador não tem mais direito à greve. Nós petroleiros temos uma pauta legítima, estamos buscando o cumprimento de uma clausula do Acordo Coletivo de Trabalho que foi proposto e mediado pelo próprio TST. Não estamos reivindicando aumento de salários. Estamos em luta pelos empregos de mil famílias no Estado do Paraná. Uma situação que pode acontecer em Minas se a Regap for privatizada”, afirma o diretor.

Atualmente, o movimento grevista conta com 21 mil petroleiros mobilizados em 121 unidades do Sistema Petrobrás, distribuídas em 13 estados.

Ato Nacional
Trabalhadores do Sistema Petrobrás chegaram hoje (18) ao 18° dia de greve com a realização de um ato unificado em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. Petroleiros de vários estados se mobilizaram para protestar pelos empregos e denunciar os prejuízos provocados pela venda da Petrobrás. A caravana mineira participa do ato com 80 trabalhadores.

Foto: Mídia Ninja