Nota pública do Sindiquímica-PR sobre a paralisação dos caminhoneiros

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR) reconhece e apoia toda iniciativa em defesa da classe trabalhadora. Reconhece, também, como necessária a mobilização em defesa daqueles que foram duramente prejudicados pela ação dos setores golpistas no Brasil, os mesmos que colocaram o país nesta trágica situação.

Apoiamos as iniciativas para que o preço dos combustíveis volte a ser acessível para a população. Entendemos que os sucessivos aumentos são resultado da equivocada política de preços do governo golpista de Michel Temer, e da malfadada gestão de Pedro Parente à frente da Petrobrás.

Porém entendemos que movimento noticiado nos últimos dias não pode ser considerada uma greve por parte dos trabalhadores.

É um locaute, um movimento de paralização estimulado e financiado pelos patrões e pelas elites, que se somaram aos caminhoneiros autônomos (uma categoria que conceitualmente também não podem ser enquadrados como parte da classe trabalhadora).

Já presenciamos a ocorrência de locautes contra o governo João Goulart, planejados para engrossar o Golpe de 1964. Essa prática também foi aplicada, no Chile, para derrubar o ex-presidente Salvador Allende, e recentemente contra a presidente Dilma Rousseff, com o mesmo intuito.

Os caminhoneiros e empresários de transporte não estão preocupados com a democracia e com o acesso da população aos combustíveis e aos meios de transporte. Mais uma vez, de forma mesquinha, estão mobilizados e atuam em causa própria, unindo interesses empresariais e classistas pela desestabilização das empresas públicas e pelo aumento de seus próprios lucros.

O Sindiquímica-PR diverge do apoio que, equivocadamente, a Frente Brasil Popular, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversos outros setores estão dando a essa mobilização, que vem a serviço dos interesses patronais e dos setores que operam para entregar o patrimônio nacional.

[Via Sindiquímica-PR]