Em ato no Heliporto do Farol de São Tomé, teatro mostra que é hora de botar o bloco na rua em defesa dos empregos

Às 9 horas foi exibida uma peça teatral que faz o resgate da greve de 95, com as Cias de Teatro Vaca Profana e Grupo Livre de Teatro, que fizeram um trabalho de pesquisa e vieram de São Paulo para apresentar a peça. A peça emocionou quem estava assistindo, com atos que relembravam a ocupação das refinarias pelo exército e a luta da categoria. “A Cia mostrou um momento de uma luta de 20 anos atrás, hoje temos uma luta semelhante, com a mídia no meio para atrapalhar. Precisamos estar juntos” – disse Marcos Breda. Coordenador do NF.

Luiz Carlos Mendonça falou do momento da greve de 95 que viveu como dirigente sindical. “Essa peça mostra como construímos a resistência e a solidariedade de classe. Ficamos sem dinheiro por conta do salário que foi cortado e o sindicato dos bancários de Campos nos emprestou 5 mil reais que dividimos entre diretores e funcionários na época. Dormíamos em um lugar e acordávamos em outro para não sermso presos, É preciso construir novamente essa resistência e a categoria está sendo chamada novamente esse ano. Vamos garantis esse movimento que não tem crachá” – disse

Marcelo Abrahão disse que na época da greve de 95 estava na Base de Imbetiba. Nós precisamos conscientizar esses companheiros e resgatar a história , porque em 95 foi um movimento de unidade muito grande naquela base. Entrávamos e sentávamos no meio fio, ninguém trabalhava. Nossa greve foi de ocupação até que a Cia bloqueou nossos crachás e impediu que entrássemos. Constinuamos a greve durante 32 dias do lado de fora. Ficamos sem salário, sem férias mas entendíamos que era justo porque lutávamos a despeito dos riscos e do medo. Se é justa a luta, vamos até o fim!” – disse Abrahão.

Fonte: Sindipetro NF