Na Bahia, químicos da empresa Taurus estão em greve

Trabalhadores da empresa Taurus Blindagens Nordeste, localizada no Centro Industrial de Aratu (CIA), na Região Metropolitana de Salvador (RMS, na Bahia, decidiram entrar em greve desde a última sexta-feira, (19), em protesto às práticas antissindicais e de assédio moral executadas pela direção da empresa. Segundo o Sindiquímica, o movimento é político, pois nos últimos meses, a empresa intensificou as perseguições aos trabalhadores, cipistas e à diretora do sindicato, que também é funcionária da empresa, Jaqueline Carvalho.  

O sindicato repudia as perseguições políticas contra a dirigente sindical e os cipistas, o que configura prática antissindical. Jaqueline foi transferida de setor, isolada em uma sala e proibida de circular pelas dependências da fábrica. As perseguições também atingem os cipistas que estão sob ameaça constante da empresa. Devido ao grande número de denúncias de assédio moral, o sindicato, desde janeiro, vinha solicitando o agendamento de uma reunião para tratar o assunto, mas a Taurus nunca respondeu tais solicitações. Existem outros problemas que precisam ser resolvidos como o plano de assistência médica, pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a escala de trabalho.

No último dia 16, após uma mobilização promovida pelo Sindiquímica, houve uma reunião mediada pela prefeitura de Simões Filho. A Taurus não aceitou a proposta apresentada pela prefeitura de suspender a punição da dirigente sindical e negociar as reivindicações dos trabalhadores. Diante da intransigência patronal, os trabalhadores decidiram entrar em greve a partir de hoje.

A empresa Taurus produz capacetes e é ligada ao Grupo CBC, que é líder mundial na fabricação de munições para armas curtas e um dos maiores fornecedores de munições militares para os países da OTAN na Europa. 

Fonte: Sindiquímica -BA