Petroleiros denunciam ataques e perseguições de gerências nas unidades da Petrobrás no RN

Sindipetro RN

Uma onda de ataques a direitos trabalhistas, acompanhada de manifestações de prepotência e autoritarismo, está se espalhando pela Petrobrás em todo o Rio Grande do Norte. Em diversas unidades da Companhia, trabalhadoras e trabalhadores têm se queixado de pressões e perseguições exercidas por gerências e chefias. A maré de despotismo coincide com a intensificação do velho e surrado discurso que apregoa a necessidade de redução de custos.

Os que vão à Justiça pleitear demandas – um direito assegurado na Constituição Federal – estão se tornando alvos preferenciais do assédio corporativo. Não são poucos, os casos daqueles que movem ações trabalhistas, e que passaram a ser perseguidos, inclusive, com mudanças compulsórias de regimes de trabalho. Isto vem ocorrendo em Guamaré e, de forma bastante contundente, na Gerência de Serviços Especiais da CPT, que tem sido bastante acionada judicialmente por trabalhadores próprios e terceirizados.

A mudança de regime tem caráter claramente punitivo, já que além de prejuízos financeiros, decorrentes da subtração de adicionais, gera perda de folgas. Mas os reflexos negativos não param por aí. A imposição de um novo regime de trabalho impacta profundamente a vida profissional, pessoal e familiar dos atingidos. Do ponto de vista laboral, representa um duro golpe para quem, muitas vezes, dedicou décadas ao esforço de capacitação e formação,

Já, no âmbito pessoal e familiar, a mudança impõe a necessidade de reorganização de rotinas, muitas vezes já estabilizadas e enraizadas, e o abandono de projetos em andamento, com desgastes nas relações entre os entes. Assim, como resultado de tais práticas, não é de estranhar que muitos trabalhadores e trabalhadoras vítimas de perseguições estejam passando por um processo de desestruturação da saúde física e mental.

Tal como ocorreu em outros momentos, especialmente sob o governo FHC, o Sindipetro-RN conclama a categoria petroleira a repudiar, veementemente, tais práticas autoritárias de chefias e gerências. Também convida trabalhadores e trabalhadoras a manifestarem seu sentimento de solidariedade com todos os que têm sido alvo de assédio e perseguição, e avisa: essa demonstração não será apenas objeto de retórica.