Maioria dos petroleiros que aderiu ao PIDV mantem filiação e continua na luta com o Sindipetro

Cumprida mais uma etapa de homologações do PIDV na Bahia, foram rescindidos os contratos de 84 trabalhadores que aderiram ao programa de incentivo de desligamento da Petrobrás, a grande maioria estava aposentado, mas continuava trabalhando. Nesta segunda fase, assim como na primeira, o processo transcorreu com normalidade.

Cerca de 70% das pessoas que saem agora do mundo do trabalho para se aposentar de fato, decidiram pela refiliação ao Sindipetro Bahia. A maioria se diz disposto a continuar lutando por seus direitos e participando ativamente da vida social, mas “sem estresse” e “com mais tempo para a família”. Este é o caso de José Aderaldo de Andrade, 60 anos de idade, e 34 anos de Petrobrás, muitos dos quais na Equipe Sísmica, que diz que também vai aproveitar o tempo livre para descansar e acredita que “o sindicato ainda é o melhor lugar para se manter informado.”

Já Lourival Costa Evangelista, que trabalhou inicialmente na Jiquitaia e tem 32 anos de empresa, ressaltou a importância da luta sindical, elogiando as conquistas do Sindipetro, principalmente o benefício farmácia e o pagamento dos níveis salariais. Para ele “é  importante que todos, mesmo após a aposentadoria, permaneçam no sindicato para fortalecer a entidade”  

   No próximo dia 30 de maio acontece outra homologação no prédio do sindicato, sendo que as duas últimas serão nos dia 16 e 25 de junho, mas na sede do EDIBA, devido aos jogos da Copa do Mundo, pois não haverá circulação de veículos no entorno do bairro do Jardim Baiano. Estão previstas, para este período (4 etapas), entre 500 e 600 homologações em Salvador.

Antes do inicio das homologações os trabalhadores ouviram uma série de explicações e tiraram dúvidas com os representantes da Petrobrás e assessoria jurídica do Sindipetro. Apesar de todas as rescisões terem sido conferidas antecipadamente, foi esclarecido que se o trabalhador identificar posteriormente qualquer problema pode recorrer, pois a partir de julho a Petrobrás irá analisar os casos de reclamações e, se for pertinente, fará um termo de rescisão complementar.

Os advogados do Sindipetro chamaram atenção para o fato de que qualquer ganho oriundo de ações trabalhistas dará direito a pagamento retroativo a data da homologação. O coordenador da entidade sindical, Paulo Cesar Martin, se colocou a disposição para tirar qualquer duvida como conselheiro da Petros e falou sobre a importância da refiliação de quem esta deixando a empresa agora. “Éuma forma de fortalecer a entidade sindical, estar sempre bem informado e buscar a reparação de direitos antigos, através da assessoria jurídica da entidade”, afirma PC, que recebeu o apoio de muitos presentes, que disseram optar pela refiliação.

Fonte: Sindipetro-BA