Trabalhadores denunciam “cartel dos níveis” na PBio e UO-BA

Sindipetro BA

Denúncias chegadas ao Sindipetro Bahia apontam incoerências e indícios de irregularidades no processo de Avanço de Nível e Promoção que ocorreu na Usina de Biodiesel de Candeias. A direção do sindicato considera importante que as gerências de O&M e Geral se manifeste sobre este caso.

No processo teria havido uma espécie de “cartel dos níveis”, com sérios prejuízos aos trabalhadores da Operação e do Laboratório. Na Operação: os supervisores avaliaram os TO de seus grupos e dos outros 4 grupos.

Aqui aponta-se a falha de um trabalhador ser avaliado por supervisor que não trabalha.

Outra situação: supervisores concorrem ao nível junto com os TO. A pergunta que se faz é como o “avaliador” (supervisor) pode concorrer a este nível com a mesma verba do TO; seria correto o trabalhador obter algum destaque na atividade concorrendo com um supervisor¿. 

No processo, os supervisores terminam por se auto avaliarem e trocam notas entre si. Pergunta: como um supervisor pode decidir se ele mesmo pode ganhar nível¿. O resultado desta auto avaliação foi que dos 4 supervisores que concorreram ao nível junto aos TOs, pasmem, todos eles foram contemplados.

Além de haver uma legislação condenável em causa própria, houve um grupo em que nenhum de seus técnicos ganhou nível, enquanto em outro grupo, com 6 trabalhadores, 5 ganharam nível. Esta má distribuição causou  revolta entre os técnicos que sempre trabalham com total dedicação em unidade com muita demanda de manutenção e nem sempre nas melhores condições.

No entanto, no momento de serem avaliados, supervisores manipulam o processo e terminam prejudicando quem realmente trabalha.

Uma aberração ocorreu com a devolução da verba que poderia promover Técnico Jr para Pleno um total de 3,8 trabalhadores, sendo que só na operação tinha 3 técnicos em condições de receber a promoção, no entanto, os “avaliadores” prefeririam devolver a verba a promover os técnicos..

Passargada é aqui

No Laboratório, apesar de todo o esforço que os técnicos químicos fazem no turno, sacrificando muitas vezes o período de alimentação – devido ao processo de certificação dos tanques de B100 – dos 9 técnicos somente três ganharam nível; outros 4 nem sequer puderam concorrer, sob a alegação de que não atingiram as 2 competências mínimas exigidas. Em razão disso, estão fora da conquista do nível por antiguidade de 18 meses, uma conquista da luta sindical. 

Ao analisar estas avaliações surgem as dúvidas:

1° – por que 4 técnicos não atingiram as “competências mínimas”, uma vez que assumem os seus turnos, fazem procedimentos, certificam tanques, analisam as amostras de rotina e fazem testes? 

2° – para ser “agraciado” com um nível, o técnico tem que ser amigo do coordenador? Para ganhar nível, o técnico tem que trabalhar no administrativo do Laboratório para ser visto?
              

NA UO-BA.

As denúncias também indicam a mesma gravidade no “cartel dos níveis” na UO-BA.  Os trabalhadores reclamam sobre a transparência na distribuição dos níveis e promoções, com suspeita de só beneficiar “apadrinhados”. Os T0s das estações de Candeias, Taquipe e Água Grande sabem o que é isso, com crescente descontentamento em relação aos supervisores que se intitulam “donos” dos níveis

Diante destes fatos, a direção do Sindipetro Bahia exige transparência e ética nos processos de avanço de níveis e promoções”, sem apadrinhamentos ou perseguições, em todas as unidades da Petrobrás e suas Subsidiárias.