Explosão na Repar evidencia ambiente inseguro de trabalho

 

Mais uma vez o fator sorte impediu que trabalhadores da Repar se ferissem. Uma explosão seguida de incêndio na casa de analisadores da unidade de Hidrotratamento e Reforma Catalítica (HRC) quase atingiu os operadores que estavam na Casa de Controle Local (CCL), há cerca de 10 metros do local da explosão.

O acidente aconteceu às 02h00 da madrugada desta quarta-feira (21). O fogo foi rapidamente apagado pelos petroleiros. Não houve feridos e a casa de analisadores segue interditada.

O impacto da explosão foi sentido na Casa Integrada de Controle (CIC) e também no setor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Um operador estava no local cerca de meia hora antes do acidente e realizaria uma nova amostragem por volta das 04h00.

Informações obtidas pelo Sindicato dão conta que nas últimas semanas foram registrados vazamentos no local. A principal suspeita é que a explosão tenha sido causada por um cilindro de hidrogênio usado nos analisadores.

Prática do abafa

Os gestores da refinaria mais uma vez burlaram o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ao não comunicarem o acidente ao Sindipetro Paraná e Santa Catarina. Tal postura é característica de quem tem algo a esconder.

Política de (in)segurança

Há muitos anos os petroleiros denunciam a falta de segurança no Sistema Petrobrás. Carência de efetivo próprio, aumento da terceirização, precarização da manutenção são as principais causas apontadas pela categoria. Cobranças pelo aumento da produtividade a qualquer custo deixam o cenário ainda mais grave. Petroleiros reivindicam mudanças profundas e urgentes na política de SMS.

Contatos:

Mário Dal Zot, diretor do Sindipetro Paraná e Santa Catarina e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – (41) 8805.2544

Fonte: Sindipetro-PR/SC