Petroleiros decidem parar atividade e irritam a gerência

Sindipetro Unificado-SP

Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização. Em assembleia com a direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), no início da manhã, em frente à refinaria, os trabalhadores decidiram voltar para casa, mas muitos enfrentaram  resistência da chefia da Replan. O sindicato também fez paralisações em Mauá e Barueri.

Os petroleiros da Replan votaram pela paralisação das atividades durante o período de oito horas, com a normalização da situação a partir do início da jornada das 15h30. Ficou decidido que todos os trabalhadores, terceirizados e próprios, fariam o corte de rendição. Os gerentes, entretanto, não concordaram com a decisão e impediram que o pessoal do turno e do setor administrativo saísse da refinaria.

A estratégia da gerência para garantir a entrada desses trabalhadores foi desviar os ônibus que levavam os funcionários para a Replan do caminho tradicional. Devido à atitude antissindical da chefia, os diretores do Unificado bloquearam a pista que dá acesso à portaria definida pelos gerentes e impediram que mais ônibus conseguissem entrar na empresa.

O impasse só foi resolvido perto das 12 horas. Os diretores Itamar Sanches e Rogério Santa Rosa negociaram com a gerência e conseguiram liberar a saída dos trabalhadores próprios. Os terceirizados já haviam voltado para casa no início da manhã, logo após a assembleia, sem dificuldades.

A paralisação não afetou a produção da refinaria. A Replan tem cerca de 1,4 mil trabalhadores próprios e 10 mil terceirizados.

Protestos

Os petroleiros protestam contra o PL 4330 e os leilões do petróleo e exigem transparência da empresa nas negociações da campanha reivindicatória da categoria, iniciada no começo de agosto.

O Dia Nacional da Mobilização também luta contra o fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, reforma agrária e 10% do PIB para a educação.

Mauá e Barueri

Os petroleiros de Mauá e Barueri também aderiram às mobilizações. Os trabalhadores próprios e terceirizados do Terminal da Transpetro, de Barueri, aprovaram a paralisação durante todo o dia de hoje. Na Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá, o pessoal do turno cortou a rendição até às 15 horas e o setor administrativo também participou da mobilização.