Pelegos mantém PCE-1 operando com vazamento de petróleo

 

Sindipetro-NF

Desde às 6h da manha de hoje, 17, a Diretoria do Sindipetro-NF, mais membros da categoria petroleira e MST estão fazendo um trancaço no Prédio Cajueiros, que abriga a UO-Rio em Macaé.

Nesse momento diretores falam com trabalhadores que estão do lado de fora do prédio. Essa é mais uma atividade surpresa da greve, iniciada com sucesso à zero hora de hoje nas plataformas.às duas horas da manhã 39 plataformas estavam com a operação sob a responsabilidade das equipes de contingência da Petrobrás, tendo sido entregues pelos trabalhadores em greve.

Quinze unidades foram entregues com a produção de petróleo parada, e outras 24 foram entregues produzindo.

O Sindicato escolheu o prédio da UO-Rio para realizar a mobilização em represália ao autoritarismo com que vem tratando a categoria. Perseguindo trabalhadores nos horários das refeições, impedindo o retorno dos dirigentes sindicais a base, assediando moralmente os seguranças que participam dos movimentos, entre outros fatos considerados graves para a diretoria.

Petroleiros a bordo das unidades denunciam cárcere privado

O Sindipetro-NF tem recebido denúncias de que a Petrobras está se negando a desembarcar trabalhadores, mantendo-os em cárcere privado a bordo das plataformas. A diretoria do NF orienta aos grevistas a bordo das unidades que a permaneçam firmes na mobilização, porque a greve está forte. Na Bacia de Campos já conseguimos provocar a parada e perdas em 15, das 43 plataformas que estão participando.

Segue um documento que os trabalhadores devem assinar em formato de abaixo assinado que informa ao sindicato a condição de cárcere privado.

TRABALHADORES EM CÁRCERE NA PLATAFORMA …………

Nós, abaixo-assinados, empregados da Petrobrás, vimos declarar nossa situação de cárcere privado, determinada pelos prepostos da empresa.

Entramos em greve às 00:01h de 17 de outubro, e fomos substituídos em nossas atividades pela equipe de contingência da Petrobrás. Nossa entidade sindical intentou as negociações para manutenção das atividades inadiáveis e essenciais, mas a Petrobrás declarou que tem condição de mantê-las com equipes de contingência, sem nossa contribuição.

É certo que temos o direito de ir e vir, de desembarcar, e de estar com nossos familiares. A Lei 5.811/72 nos garante tal direito, com ônus para a Petrobrás (Art. 3º, Inciso IV, c/c Arts. 4º e 6º).

Requeremos nosso desembarque, e os prepostos da Petrobrás responderam que nos manterão a bordo durante a ora corrente greve por prazo indeterminado, gerando um ambiente de conflito e colocando em risco a segurança de todos.

A Petrobrás tem condições de desembarcar até cerca de 2 mil trabalhadores por dia na Bacia de Campos, e nos nega esse direito essencial.

Requeremos nosso direito de ir e vir imediatamente!