Pane no gerador provoca desembarque de 120 petroleiros da P-32

Sindipetro NF

Uma queda na geração de energia provocou hoje o desembarque de 120 petroleiros da plataforma P-32, na Bacia de Campos. Ontem, uma pane no gerador, alugado da empresa Greko, causou o corte no fornecimento e problemas na partida das caldeiras da unidade. A plataforma se mantém apenas com a geração de emergência — que não abrange, por exemplo, os equipamentos de ar condicionado.

Em documento enviado pelo Sindipetro-NF aos trabalhadores da unidade, a entidade indicou a realização de reunião extraordinária da Cipa para discutir o assunto e enviar ao sindicato a ata contendo todos os impactos, todas as providências já tomadas e que sejam discutidas e propostas pela CIPA para a preservação da saúde, segurança e habitabilidade.

Continuam a bordo 65 petroleiros, que atuam nas operações básicas. A plataforma, utilizada para processar, estocar e tratar o óleo produzido em outras unidades, mantém a sua planta fora de operação. Não há estimativa de retorno das atividades a bordo.

Segundo o diretor do Sindipetro-NF Márcio Ferreira, que é lotado em P-32 e acompanha a situação, os técnicos vão avaliar se a troca de um alternador será suficiente para fazer voltar a funcionar o gerador principal. Caso isso não ocorra, outro gerador deverá ser embarcado.

Confira abaixo a íntegra do documento enviado pelo NF à plataforma:

Aos Companheiros de P-32

No dia 05 de setembro de dois mil e treze, a Petrobras informou o sindicato que ocorreu queda de geração, seguida de problemas na partida das caldeiras de P-32, que impôs a manutenção somente da geração de emergência.

Segundo apurou o Diretor Marcio Ferreira, que é oriundo de P-32, o problema foi causado por pane no alternador da Greko que é alugado. Além disso, apurou também: que o ar condicionado não estava operando por não estar nas cargas de emergência; que a peça para o reparo estava sendo providenciada e que iriam desembarcar trabalhadores.

Segundo relatos a situação permanece até agora e o sindicato indica que os trabalhadores realizem imediatamente uma reunião extraordinária da CIPA para discutir o assunto e enviar ao sindicato a ata contendo todos os impactos, todas as providências já tomadas e que sejam discutidas e propostas pela CIPA para a preservação da saúde, segurança e habitabilidade das pessoas a bordo da plataforma. A reunião deve ser solicitada formalmente pelos cipistas eleitos, com data, hora e local de realização e não pode ser negada pelo presidente da CIPA que é o Geplat.

Saudações

Diretoria Executiva do Sindipetro-NF

[Atualizado às 16h03 para incluir íntegra do documento enviado à plataforma]