Sindicato indica greve de 48h na Bacia de Campos

Sindipetro NF

Sindipetro-NF convoca petroleiros nas plataformas para assembleias simultâneas neste domingo, 25, às 19h, para avaliação do indicativo de paralisação nos dias 30 e 31 de agosto. Além de mais longa, greve incluirá solicitação de desembarque. Protesto também é contra a precarização do trabalho e pelo 14×21 para todos em apoio ao Dia Nacional de Mobilização das centrais sindicais. Para Cabiúnas, será indicada Operação Padrão de 24 horas

 Os petroleiros das plataformas da Bacia de Campos têm assembleias convocadas pelo Sindipetro-NF para a noite deste domingo, 25, às19h, de modo simultâneo em todas as 46 unidades. A categoria vai avaliar indicativo de realização, nos próximos dias 30 e 31 de agosto, de greve de 48 horas de duração e solicitação de desembarque. O protesto é pelo pagamento dos reflexos das horas extras do repouso remunerado, para todos os trabalhadores, e em adesão ao Dia Nacional de Mobilização convocado pelas centrais sindicais para 30 de agosto.

 A greve indicada, que será de 0h do dia 30 às 23h59 do dia 31, amplia a mobilização que tem sido feita na região pelo pagamento do Repouso Remunerado. Duas greves com duração de 24 horas foram realizadas, nos dias 25 de julho e 9 de agosto. A primeira teve adesão de 40 plataformas. Na segunda, a adesão chegou a 41 unidades. Hoje, o NF tem reunião no Rio, às 15h, com a Gerência de Recursos Humanos, para discutir o pagamento dos reflexos. Pela primeira vez a empresa aceitou discutir o tema, o que só reforça a importância das mobilizações.

 Os procedimentos da paralisação, que voltarão a ser detalhados em www.sindipetronf.org.br, são os mesmos utilizados nas greves anteriores. As diferenças serão a duração maior e o indicativo de que o petroleiro solicite o desembarque da unidade.

Supervisores
 O sindicato chama a atenção dos supervisores das plataformas, para que reflitam sobre a adesão ao movimento — tanto dos que estarão embarcados quanto dos que serão chamados pela Petrobrás para embarcar. A entidade lembra que a paralisação de 48 horas vai aumentar muito a pressão e a responsabilidade dos prepostos da empresa com a segurança das operações, principalmente em razão do desembarque do pessoal, deixando-os sem respaldo para emergências.

Dia Nacional de Mobilização
 Além de protestar pelo Repouso, a categoria vai paralisar suas atividades para se somar aos trabalhadores de todo o País na mobilização contra a precarização do trabalho, que inclui o combate ao projeto de lei da terceirização (PL 4330) e a defesa da redução da jornada sem redução do salário. Nas plataformas, esta luta contempla a reivindicação do sindicato de estender para os petroleiros do setor privado a escala do 14×21. Embora a greve seja de trabalhadores da Petrobrás, muitos petroleiros de empresas privadas acabam tendo suas atividades paralisadas, por não serem emitidas PTs (Permissões de Trabalho).

Uma eventual aprovação das propostas contidas no PL 4330 aprofundaria a exploração e a vulnerabilidade dos trabalhadores. No caso do Setor Petróleo, os prejuízos seriam para todos, próprios ou terceirizados, com o aumento dos assédios e das discriminações.

Cabiúnas
 O sindicato também vai indicar, para a base de Cabiúnas, da Transpetro, a realização de uma Operação Padrão de 24 horas, no dia 30 de agosto, como foi discutido durante o Seminário de Greve realizado pela categoria na semana passada.