Discussão
começou em 2003, no GTPC
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O
Grupo de Trabalho de Previdência Complementar (GTPC)
foi criado durante a campanha reivindicatória de
2003, com o objetivo de discutir e apontar soluções
para os principais problemas do Plano Petros, assim como
elaborar um novo modelo de previdência complementar
para o Sistema Petrobrás
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Sem
caráter deliberativo, o grupo priorizou
o debate técnico, conduzido por cinco
representantes da FUP/Sindicatos e cinco da
Petrobrás/Petros. Os trabalhos foram
finalizados em março de 2004, com algumas
propostas consensuadas e outras não.
O resultado final serviu de base para a Petrobrás
na elaboração das propostas apresentadas
ao longo do processo de negociação
das pendências da Petros.
A intervenção
da FUP no GTPC teve por princípio a busca
intransigente por soluções para
as pendências do Plano Petros e o equacionamento
de todos os seus déficits, além
da defesa de um modelo de previdência
complementar com perfil mutualista, solidário
e essencialmente previdenciário.
A Federação propôs também
a reabertura do Plano Petros para os trabalhadores
admitidos após 2001, com custeio integral
do serviço passado. Esta proposta não
teve consenso no GTPC, pois a Petrobrás
jamais concordou com a reabertura do Plano Petros.
O
debate, no entanto, arrancou da companhia o
compromisso em assumir sua responsabilidade
em relação ao serviço passado
dos trabalhadores novos. |
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A
partir da discussão do GTPC, algumas reivindicações
importantes do movimento sindical foram aceitas
pela empresa, como a extinção do Plano
Petrobras Vida (PPV); a reavaliação
atuarial do Plano Petros; mudanças no Regulamento
do Plano (RPB), através da adoção
de novos institutos, como portabilidade, resgate
e benefício proporcional saldado; e o tratamento
isonômico aos aposentados e pensionistas que
não migraram em 2001 para o PPV (pagamento
dos três salários-benefício).
A Petrobrás
ainda chegou a concordar em acabar com a exigência
de limite de idade para o grupo 78/79, assim como
em corrigir o cálculo das pensões.
A empresa, no entanto, recuou e remeteu estas questões
novamente para o âmbito da negociação
global das pendências da Petros.
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Do
RH ao CA, a busca incessante pela solução
das pendências da Petros
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Da
conclusão do GTPC, em março de 2004,
à apresentação da proposta
final da Petrobrás, em maio de 2006, foi
preciso muita pressão da FUP, sindicatos
e trabalhadores para amarrar o compromisso da empresa
em garantir uma solução conjunta para
as pendências da Petros. Enfrentamos uma negociação
extremamente delicada, envolvendo um passivo bilionário,
num momento de grave crise política, que
colocava em risco constantemente cada avanço
conquistado pela Federação.
Além dos embates
naturais do processo de disputa e das dificuldades
impostas pela conjuntura política, a FUP
ainda teve que lidar com as tentativas de inviabilização
da negociação por parte de dirigentes
dos Sindipetros RJ, SE/AL e PA, que, uniram-se às
associações para tumultuar e até
mesmo impedir, via mandados judiciais, as reuniões
com a Petrobrás. Atitudes divisionistas que
acabaram fortalecendo a empresa, levando-a a arrastar
o quanto pôde o desfecho do processo.
Nesta longa e árdua
disputa, a FUP manteve-se firme, sem afastar-se
momento algum do propósito de garantir o
pagamento das dívidas do Plano Petros, a
solução das pendências históricas
dos petroleiros em relação à
Petros, um plano de previdência complementar
seguro para os trabalhadores novos e a gestão
da Fundação.
Enquanto as oposições
sindicais e as associações jogavam
contra, a Federação mobilizava-se
para fazer valer os pleitos da categoria. Além
da cobrança constante nos fóruns de
negociação e das mobilizações
realizadas ao longo desse período, a FUP
participou de diversas reuniões com ministros,
parlamentares, representantes da Anapar, dirigentes
e conselheiros da Petros e da Petrobrás.
Verdadeira via-crucis em busca de uma solução
negociada para as pendências da Petros.
Mas o resultado positivo
deste processo só foi possível graças
à confiança da categoria em suas lideranças
sindicais e ao respaldo da grande maioria dos sindicatos
que permaneceram unidos, garantindo e sustentando
as decisões da FUP na mesa de negociação.
Por isso, foram decisivas todas as mobilizações
que uniram os petroleiros da ativa e os aposentados
nessa luta. Tanto nas campanhas reivindicatórias,
quanto no decorrer da negociação,
ao longo dos últimos meses. Foi o caso da
ocupação do Edise, que acabou levando
a Petrobrás a alterar a sua proposta, tomando
como base as reivindicações cobradas
pela Federação.
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