Em defesa da Petros, entidades realizam ato histórico no Rio de Janeiro

 

Na manhã desta quarta-feira, em frente ao Edifício Sede da Petrobrás, trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas participaram do ato realizado pelas entidades integrantes do Grupo de Trabalho da Petros e outras interessadas para dizer não ao Plano Petros 3 que está sendo imposto de forma unilateral pela empresa como alternativa ao Plano de Equacionamento do PP-1.

De acordo com o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, não existe saída individual. De acordo com ele, é muito importante a unidade na luta contra a privatização da empresa. “Não tem plano de previdência sem a Petrobrás. O Ministro da Fazenda já disse que vai vender tudo o que puder e rápido. O modelo de previdência que eles tentam nos impor, que é o Petros 3, tem a mesma particularidade da Reforma da Previdência que está em curso no Congresso Nacional”.

O ato se estendeu até depois das 13h e contou com a participação dos Sindicatos dos Petroleiros de diversas partes do país como Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Duque de Caxias, Norte Fluminense, Espírito Santo e Minas Gerais.

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Entenda: 

O plano Petros é um patrimônio da categoria petroleira, criado em 01/07/1970, e construído com as contribuições dos petroleiros e da própria Petrobras (em nome dos seus empregados), mas que é administrado integralmente pela estatal, responsável pela sua gestão.
Portanto, para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a diretoria do Sindipetro Bahia e demais entidades representativas da categoria petroleira, a exemplo da AEPET, ASTAPE, ABRASPET, AMBEP e CEPE´S Clubes, os trabalhadores não podem ser penalizados pela situação deficitária em que o Plano Petros do Sistema Petrobras 1 (PPSP 1) se encontra atualmente. “Não podemos aceitar nenhuma medida que signifique prejudicar ainda mais a situação desses aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa, integrantes do PPSP 1”.
As entidades são contra a criação pela Petrobras de um novo plano de previdência, o Plano Petros 3 (PP3), que viria como alternativa aos problemas enfrentados pelo PPSP1  e segundo elas, “além de estar sendo feito de forma unilateral, sem negociação ou  discussão, o PP3 trará enormes prejuízos à categoria, já que não atende em absolutamente nada às necessidades da categoria”.
O Grupo de Trabalho da Petros (GT Petros), criado por força de Acordo Coletivo da categoria, composto por representantes da Petros, da Petrobras e dos sindicatos vinculados à FUP, à FNP (Frente Nacional dos petroleiros) e Marítimos, apresentou, em 2018, estudos técnicos e uma proposta alternativa para equacionar o PPSP 1, que garante a sustentabilidade do plano e reduz o valor das contribuições extraordinárias pagas pelos participantes e assistidos.
Mas mesmo assim “a Petrobras, surpreendeu a todos apresentando como alternativa algo que é muito pior do que a categoria tem. Então, não aceitamos o Plano Petros 3 e queremos que a Petrobras implemente as propostas que foram construídas em conjunto no grupo de trabalho, pois são adequadas e necessárias para garantir a sustentabilidade do Plano Petros 1, assim como a  sustentabilidade da própria fundação”, afirmam as entidades.
Para elas, a fundação Petros é um patrimônio dos petroleiros e não da Petrobras e a categoria tem total interesse em preservar e assegurar que esse patrimônio cumpra o seu papel, que é garantir o pagamento das aposentadorias e dos benefícios dos aposentados e pensionistas do Plano Petros 1.

Fonte – Sindipetro Bahia

[FUP]