Os trabalhadores da empresa Oxiteno estão mobilizados desde segunda-feira, 22…
Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia
Os trabalhadores da empresa Oxiteno realizaramm na manhã desta quinta-feira, 25, uma mobilização na porta da empresa. Eles permaneceram no local até o final da manhã, portanto não houve expediente na empresa neste período. O objetivo dos petroquímicos é pressionar o patronato para que haja avanço na campanha reivindicatória. No caso da Oxiteno, os trabalhadores também reivindicam o pagamento da cláusula 4ª. O passivo trabalhista já está sendo pago por muitas empresas, mas Oxiteno se recusa a pagar.
As mobilizações estão acontecendo em várias empresas do Polo Petroquímico de Camaçari. Na segunda-feira, 22, trabalhadores diretos e terceirizados da Braskem paralisaram as atividades por cerca de quatro horas, atrasando a jornada de trabalho. E na terça-feira, 23, foram os trabalhadores da empresa Elekeiroz que só voltaram a trabalhar no final da manhã.
Os trabalhadores não aceitam o fato de que em São Paulo, os empresários do ramo ofereceram 8% de reajuste salarial aos petroquímicos, enquanto na Bahia não passou de 7%. O Sindicato do Ramo Químico/Petroleiro-BA explica que a campanha nacional é uma conquista da categoria então o reajuste deve ser igual para os trabalhadores do ramo nos complexos petroquímicos dos estados de Alagoas, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro (Duque de Caxias) e Rio Grande do Sul. No entanto, até o momento, os grupos acionários dessas empresas têm oferecido reajustes diferenciados.
Durante as manifestações, o Sindicato está distribuindo boletins para denunciar esta manobra do patronato. De acordo, com os dirigentes sindicais o reajuste diferenciado para as mesmas funções aumenta a desigualdade nos salários dos trabalhadores do Nordeste, do Sul e Sudeste, sem contar que os salários bases também não são iguais. Não é justo, por exemplo, que um operador da Oxiteno, Braskem, Elekeiroz, Dow ou outras, que exerçam as mesmas funções e tenham as mesmas responsabilidades, recebam salários diferenciados.
As mobilizações vão continuar durante toda a semana, paralisando as atividades empresa por empresa se o patronato não sentar na mesa para negociar um reajuste que atenda as necessidades dos trabalhadores do Polo de Camaçari.