QUADRO NACIONAL DA GREVE NAS BASES DA FUP

[Atualizado às 14h40]

Na área de Exploração e Produção de petróleo, a greve já atinge 50 unidades marítimas da Bacia de Campos, 06 plataformas no Ceará, 03 plataformas no Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre na Bahia, no Rio Grande do Norte, Ceará e no Espírito Santo.

Nas bases da FUP, 11 refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM), Clara Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS). Os trabalhadores da Clara Camarão, no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, pararam a refinaria e entregaram as unidades.

Também estão parados os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.

Na Transpetro, a greve se estende por todos os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos e de Cabiúnas (no estado do Rio de Janeiro), além de Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul (estes no estado de São Paulo).

Também estão na greve os trabalhadores das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs) do Espírito Santo, do Rio Grande do Norte e do Ceará.

Nas termelétricas, a greve atinge as unidades de Duque de Caxias, do Ceará, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, da Bahia e do Rio Grande do Norte. 

Nas usinas de biodíesel, os trabalhadores também aderiram à greve em Minas Gerais, na Bahia e no Ceará.

Impacto na produção

Só na Bacia de Campos, deixaram de ser gerados 2 milhões de barris de petróleo nos dez primeiros dias da greve nacional dos petroleiros. O prejuízo financeiro para a Petrobrás gira em torno de 400 milhões de reais, isso, sem contar o impacto na redução da produção nas refinarias e terminais.

Na Bahia, o sindicato estima que metade da produção do estado está paralisada causando a queda de 25% da produção de óleo. Nos campos de produção terrestre, cerca de 2 milhões de metros cúbicos de gás diários deixaram de ser produzidos. Na Pbio de Candeias, houve corte total na produção de bioediesel, ácido graxo ou glicerina. A greve atinge também todas as termelétricas na Bahia e causa impacto na geração de energia. Segundo informações do sindicato, há um corte total de geração de energia na UTE Arembepe (148 megawatts); um corte parcial de geração na UTE Bahia 01 (30 megawatts para 18 megawatts) e na UTE Murici (148 megawatts para 100 megawatts). Portanto, a geração de energia em Camaçari, nessas 3 UTEs, passou de 326  para 118 megawatts, ou seja, um corte de 208 megawatts que representa 64% da produção.

No Rio Grande do Norte, as 13 plataforma que aderiram à greve chegaram a reduzir em 50% a produção de óleo. 

No Ceará, a greve afetou em 87% a produção de óleo e em 94% a de gás, segundo levantamento do sindicato.

Na Reduc, houve uma queda de 30 mil barris de petróleo refinado por dia e a produção de coque sofreu uma redução de 80%, o que gera um prejuízo de mais de  R$ 1 milhão por dia à Petrobrás. 

No Espírito Santo, a produção das plataformas P-58 e P-57 caiu pela metade, nos dois primeiros dias da greve.

Na Recap, o sindicato estima de metade da produção foi afetada.

Na Fafen-PR, deixaram de ser produzidos diariamente 2 mil toneladas de uréia, 1.350 toneladas de amônia e 1.680 toneladas de ARLA32 (catalisador para caminhões a diesel), desde a parada da unidade, ao meio dia de segunda-feira (02). Segundo o sindicato, o impacto é de R$ 2 milhões por dia.

[Foto: Sindipetro ES – Regional Norte Capixaba]

Fonte: FUP