No segundo dia de PlenaFup, delegados discutiram a democratização da comunicação

Imprensa do Sindipetro NF             

O I PlenaFUP teve em sua concepção de organização a preocupação em garantir mais espaço para os temas da sociedade para conhecimento e debate por parte dos delegados petroleiros. Um destes temas, que ocupou a noite de debates de ontem, foi o da democratização da comunicação no Brasil.

“Antes, vínhamos para o congresso e discutíamos Pauta de Reivindicações durante dois ou três dias. Desta vez também vamos fazer esta discussão, mas em um tempo menor, para destinar mais espaço na programação para tratar de outros temas que interessam a classe trabalhadora”, disse o diretor do Sindipetro-NF, Cláudio Alberto Souza.

Na mesa sobre Comunicação foi destacada a necessidade dos sindicatos petroleiros se engajarem na realização das conferências locais, estaduais e nacional de Comunicação. O movimento, que discutirá uma política de comunicação para o País, está sendo visto como oportunidade para lutar pela democratização da mídia.

No Brasil, apenas oito famílias, apelidadas de G-8 pelos participantes da plenária, dominam cerca de 80% do que é visto, ouvido e lido no país. Mesmo com todas as possibilidades da internet e das mídias alternativas, a concentração dos meios tradicionais de comunicação ainda representam obstáculo para a livre expressão das vozes populares.

Para o integrante da comissão pró-conferência, João Paulo Mehl, um dos integrantes da mesa, a conferência é uma conquista dos trabalhadores na busca pela regulamentação da comunicação, o que não significa censura. “Assim como o MST luta pelo fim do latifúndio, nós lutamos pelo fim do latifúndio midiático”, disse.

A mesa também teve a participação de Jonas Valente, do Coletivo Intervozes, que destacou que as decisões das conferências não necessariamente se transformam em política pública, mas são um passo importante para que isso aconteça, dependendo da capacidade de pressão da sociedade.

O diretor do Sindipetro-NF e da CUT-RJ, Vitor Carvalho, que atua na área de comunicação da central no Rio, e o vereador Danilo Funke (PT), de Macaé, também foram convidados para integrar a mesa, que foi mediada pelo diretor de comunicação da FUP, Marluzio Ferreira Dantas.