Acordo conquistado é aprovado com mais de 70% de aceitação

FUP

O acordo salarial conquistado pelos petroleiros foi aprovado com mais de 70% de aceitação nas assembleias que se encerraram na grande maioria das bases da FUP. Apenas os sindicatos de Duque de Caxias e Norte Fluminense ainda não concluíram a consulta aos trabalhadores, mas os resultados parciais das assembleias apontam também pela aprovação do acordo.

A capacidade de mobilização da categoria foi fundamental para fazer a Petrobrás avançar na apresentação de uma proposta que elevou de 6,5% para 8,16% o reajuste na RMNR e aumentou em 80% o piso do abono. Mesmo em um ano em que a empresa amargou resultados desfavoráveis, os petroleiros não esmoreceram, foram à luta e arrancaram um acordo com ganhos reais significativos dentro da atual conjuntura.

Além disso, a categoria reconquistou mais uma dobradinha (extra-turno) e fez a Petrobrás avançar na equiparação das horas extras dos trabalhadores de turno e da manutenção, ao garantir o pagamento integral para os companheiros do administrativo que atuam nas paradas de manutenção e partidas das novas unidades.

Nada disso seria possível sem mobilização. Desde a entrega da pauta econômica à Petrobrás, no dia 31 de agosto, os petroleiros estavam a postos, atendendo aos indicativos e fortalecendo a FUP na mesa de negociação. A Semana Nacional de Mobilização, entre 11 e 14 de setembro, intensificou os atos, atrasos e operações padrão nas unidades, que culminaram com uma forte greve nacional de 24 horas no dia 26. A categoria jamais subestimou a força da sua organização nacional e aprovou o indicativo da FUP de greve por tempo indeterminado, forçando a Petrobrás a apresentar uma nova proposta.

A campanha não se esgota com a assinatura do Termo Aditivo ao ACT 2011/2013. Temos pela frente agora o desafio de buscar regras democráticas e justas para a PLR e intensificar a luta por condições seguras de trabalho e contra a precarização gerada pela terceirização. Essa é uma agenda que está também diretamente relacionada à luta contra a retomada dos leilões de petróleo, pois sabemos que o avanço das empresas privadas no setor significa a precarização do trabalho e a redução de direitos da categoria.