Greve dos petroleiros entra em seu terceiro dia com adesão total nas áreas operacionais da Petrobrás

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás seguem em greve neste terceiro dia de paralisação em todas…

Imprensa da FUP

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás seguem em greve neste terceiro dia de paralisação em todas as unidades da empresa. Das 11 refinarias e quatro unidades industriais, seis estão totalmente sob responsabilidade das equipes de contingência da Petrobrás.

Além de despreparadas para assumirem a operação no lugar dos trabalhadores, estas equipes operam com efetivos muito abaixo do que é considerado seguro. Formadas por gerentes, coordenadores e supervisores, as equipes de contingência não têm capacidade de operarem as unidades, colocando em risco a segurança operacional e, consequentemente, potencializando as chances de acidentes.

A Petrobrás continua mantendo em cárcere privado desde domingo (22) os trabalhadores do turno da Rlam (Bahia), Reduc (Duque de Caxias), Regap (Minas Gerais), RPBC (Santos), Refap (Rio Grande do Sul), Fafen (Bahia) e UTGC (ES). Os sindicatos denunciaram o fato ao Ministèrio Público do Trabalho e estão buscando a liberação dos trabalhadores também através de ações judiciais.

Há 100% de adesão à greve dos trabalhadores do turno da Reman (Amazonas), Lubnor (Ceará), Replan (Paulínia/SP), Recap (Mauá/SP), Repar (Paraná), Six (Paraná), plataformas e campos de produção do Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Bacia de Campos, unidades que estão sendo operadas pelas equipes de contingência da Petrobrás.

As equipes de contingência da empresa também assumiram terminais, gasodutos e oleodutos  em Santa Catarina (terminais de Itajaí, Biguaçu e Guaramirim), no Paraná (terminal de Paranaguá), no Amazonas (terminal de Solimões), em São Paulo (terminais de Barueri, São Caetano e Guarulhos) e em Macaé (terminal de Cabiúnas). Em todas estas regiões, há 100% de adesão à greve dos trabalhadores do turno.

Sem rendição no turno – nos terminais de Pilões, Alemoa, Tebar e Guararema – todos no estado de São Paulo – os trabalhadores continuam sem rendição nas trocas de turno. O mesmo ocorre na usina de Biodiesel de Quixada, no Ceará.

Controle de produção – os trabalhadores continuam controlando a produção no Terminal de Manaus (AM), Terminal de Suape (PE), Gasoduto de Paratibe (PE), Terminal de São Francisco do Sul (Santa Catarina), plataformas do Ceará e na usina de biodiesel de Montes Claros (Minas Gerais).

No Terminal Madre de Deus, na Bahia, os trabalhadores do turno de domingo continuam sendo retidos pela Petrobras junto com a equipe de contingência. Devido à exaustão dos trabalhadores, o bombeio de gás e a transferência de nafta foram interrompidos na terça-feira (24). O Sindicato continua tentando negociar com a empresa o controle do efetivo e da produção para efetuar a substituição dos trabalhadores.

No Terminal de Cabiúnas, em Macaé (Norte Fluminense), a equipe de contingência também tenta retomar a produção integral da unidade, que chegou a ser reduzida à metade. Atualmente, o terminal opera com apenas três das seis unidades.

Negociação com a Petrobrás continua

A FUP e os sindicatos estão em processo de negociação com a Petrobrás desde terça-feira (24), buscando avanços em relação às reivindicações dos trabalhadores. Hoje (25), a reunião com a empresa foi retomada, por volta das 10 horas.

EIXOS DE LUTA DA GREVE DOS PETROLEIROS:

  • GARANTIR OS POSTOS DE TRABALHO NAS EMPRESAS CONTRATADAS PELA PETROBRÁS;
  • ACABAR COM A PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E OS ACIDENTES QUE MATAM TODOS OS MESES OS PETROLEIROS;
  • GARANTIR O PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAS DOS FERIADOS TRABALHADOS;
  • ESTABELECER O REGRAMENTO E DISTRIBUIÇÃO JUSTA DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS.

DURANTE A GREVE, SERÃO PRESERVADAS TODAS AS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO REFERENTES AO ABASTECIMENTO DE PETRÓLEO E GÁS.