Saldão ANP: litro do petróleo brasileiro a 4 centavos

Será que o governo ilegítimo do entreguista Mishell Temer vai voltar a produzir moedas de R$0,01 para quem quiser comprar 1 litro de petróleo? Pois como foi anunciado pela ANP, esta é a expectativa para o 15a Leilão de Concessão da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que acontecerá no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 29.

Grandes empresas estrangeiras como a BP Energy, Chevron, Exonmobil, Repsol, Shell, Statoil e Total estão de olho para levar pra casa nada mais, nada menos que 70 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural em sete bacias sedimentares. Uma área equivalente a 950 mil campos de futebol. Enquanto isso, Temer e seu sócio Pedro Parente continuam administrando a Petrobrás, uma empresa estatal, como se fosse particular e não do povo brasileiro.

Serão privatizados, em duas etapas, 49 blocos no pós-sal nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos. Sendo que 9 blocos na Bacia de Campos e 8 na Bacia de Santos, ficam localizados na divisa com os campos do pré-sal.

TCU retira da 15ª Rodada dois dos 17 blocos do pré-sal que o governo quer entregar sob regime de concessão

A ANP espera arrecadar nesta rodada, em Bônus de Assinatura, mínimo de R$4,8 bilhões. Assim, cada barril de petróleo com 159 litros sairia por R$6,20. Ou seja, R$0,04 por litro de petróleo.

Para Temer e Parente, PetroShell

Como se não fosse pouco, o pacote de entregas de Temer conta também com o anúncio realizado esta semana sobre a indicação da União do nome de José Alberto de Paula Torres Lima, gestor de áreas estratégicas da Shell por quase 30 anos, para compor o Conselho de Administração da Petrobrás.

Além disso, em outubro de 2017, o marqueteiro da Shell por mais de 20 anos, Bruno Motta, foi contratado para assumir o cargo de Gerente Executivo de Comunicações e Marcas da Petrobrás, cargo que deveria ser ocupado apenas por profissionais do quadro da empresa. A novidade na lista de indicações é a intensificação da presença de interesses de grandes companhias transnacionais dentro da estatal. Como mostra a indicação de Ana Lucia Poças Zambelli, que até o ano passado foi vice-presidente da Maersk Drilling, uma das grandes fornecedoras de porta-contentores e navios para a Petrobrás.

Como foi citado no blog do INEEP, “nos últimos anos observam-se inúmeros sinais do lobby da Shell assediando políticos, parlamentares e gestores que atuam na cadeia produtiva de óleo e gás no Brasil. Não é nenhum segredo o fato de que essas duas companhias estabeleceram como parte dos seus planos estratégicos a diretriz de intensificar sua presença no Brasil, sobretudo, nas áreas do pré-sal e nos segmentos que orbitam ao seu redor”.

FUP