Manifestações desta sexta pavimentam caminho para Greve Geral

[última atualização 22h26]

O conjunto das Centrais Sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo promoveram, desde as primeiras horas desta sexta-feira (31), manifestações em diversas cidades do Brasil, mobilizando forças para a Grande Greve Geral convocada para paralisar o país no próximo 28 de abril e dizer não às Reformas propostas pelo governo Temer. 

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Se aprovadas, as Reformas Trabalhista e da Previdência irão retirar garantias históricas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e impedirão a aposentadoria dos brasileiros, medidas adotadas pelo consórcio golpista para intensificar o desmonte dos direitos sociais. 

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o Brasil está unido contra as propostas do governo federal e afirma que o movimento só tende a crescer. “As centrais sindicais, os movimentos sociais, até a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) se colocam contra a reforma trabalhista, porque isso não interessa ao povo e à economia brasileira. Nós vamos ganhando um caldo de cultura contra a retirada de direitos, contra a precarização, e eu não tenho dúvida que esse momento vai crescer, porque está chegando no cidadão comum”, declarou.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, vai na mesma linha: “A única forma de reverter a terceirização e barrar os novos ataques é tomar massivamente as ruas, com greves, bloqueios e manifestações. Diante da escravidão, a desobediência civil é mais do que um direito, é um dever”, afirmou.

De norte a sul do país, os trabalhadores e movimentos sociais se manifestam contra as reformas de Temer, cuja ilegitimidade se reflete na imensa rejeição que o povo tem sobre o seu governo. Pesquisa do Ibope, feita a pedido da Confederação Nacional das Indústrias, mostra que 73% desaprovam sua maneira de governar e que 55% consideram sua gestão ruim ou péssima. E mais: 79% afirmaram não confiar no presidente ilegítimo!

O clima de indignação contra o golpista se confirmou nas manifestações pelo país afora. Na Avenida Paulista, região central de São Paulo, a mobilização desta sexta-feira reuniu cerca de 70 mil pessoas que protestaram contra a terceirização e as reformas da Previdência e Trabalhista.

A manifestação em São Paulo encerrou o Dia Nacional de Mobilizações, marcado por protestos em diversas as capitais de todo o país, com participação dos petroleiros nas bases da FUP e nas ruas.

Por volta das 21h, se confirmou o boato de que o presidente ilegítimo havia sancionado a lei da terceirização, sem salvaguardas para os trabalhadores. O texto será publicado ainda nesta sexta em edição extra do Diário Oficial da União e passa a valer imediatamente.

Foto Mídia Ninja