O justiceiro brasileiro em busca de refletor

 

 

Sob os holofotes da mídia brasileira, o juiz Sergio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, utiliza uma ilegal condução coercitiva para agir como um justiceiro brasileiro, e recebe vencimentos acima do teto estabelecido por lei. Sempre de forma parcial, como acusou o presidente Lula, Moro foi fotografado, de forma explícita, em um evento do PSDB, gargalhando ao lado do amigo e senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos parlamentares mais citados em delações premiadas da Lava Jato. 

Moro passa por cima de todos e todas para ganhar o status de glória da magistratura brasileira. O juiz vaza a conversa privativa, obtida de forma ilegal, da presidenta Dilma com o ex-presidente Lula, com exclusividade para a TV Globo. O mesmo homem submete o ex-presidente da república ao que se chama no código penal de cárcere privado, a chamada condução coercitiva. Um juiz que se dispõe a ir ao Senado para dizer aos senadores qual lei deve ser votada, e, para piorar, ao discursar, comete o ato falho de chamar Câmara dos Deputados de câmera, como se estivesse sendo filmado diante de uma plateia. 

Segundo denúncia do Wikileaks, a esposa do juiz Sérgio Moro advoga para o PSDB do Paraná e para multinacionais de petróleo. O fato já seria suficiente para inviabilizar a participação de Moro no processo que apura a corrupção na Petrobrás, já que o Código de Processo Civil, em seu artigo 134, impede o envolvimento do juiz em um caso “quando nele estiver como advogado da parte o seu cônjuge ou qualquer parente seu”. No entanto, Moro continua à frente da Operação Lava Jato, mesmo sendo evidente que os principais beneficiados nesta operação são o PSDB e as multinacionais do petróleo, justamente os clientes da mulher do juiz. 

O justiceiro brasileiro continua a ferro e fogo com a Lava Jato, de forma totalmente irresponsável, trazendo consequências nefastas para o Brasil e para os brasileiros. Os trabalhadores estão perdendo seus empregos e milhares de empresas encontram-se perto da falência. Enquanto isso, Moro está sempre na luta por um projetor, de preferência com brilhos e refletores.

 

FUP