Sindicato convoca categoria para ato em Brasília, no dia 31

Na última sexta-feira, dia 18, realizamos um belo ato em defesa da democracia com a participação de mais de 100 mil manifestantes. A mobilização mostrou porque lutamos e toda diversidade do nosso povo. A marcha saiu da Praça Afonso Arinos, percorreu as ruas do centro e terminou na Praça da Estação, que ficou lotada. Foram milhares de pessoas gritando: Não Vai Ter Golpe! Este grito foi ouvido por todo o país e mostrou que nós não abandonaremos a luta.

Temos que destacar a participação dos petroleiros da ativa e aposentados, que mais uma vez, compareceram a uma manifestação em defesa da democracia. Pelas ameaças que estamos sofrendo, era para termos um número maior de petroleiros e petroleiras. É mais que necessário! É urgente que todos entendam que só nossa participação pode salvar a democracia, a Petrobrás e nossas conquistas. Cabe a nós comandarmos essa luta, como fizeram outros petroleiros, em momentos críticos no passado.

As forças de direita cooptaram grande parte da classe média. Os setores empresariais, tipo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), também estão apoiando o golpe. Há muito tempo, a mídia mobilizada e articula contra a democracia. Deputados, senadores e partidos que estão envolvidos em denúncias de corrupção querem o fim do governo Dilma para acabar com a Operação Lava Jato.

O juiz Sérgio Moro fez divulgação de gravações ilegais contra a presidenta Dilma, cujo objetivo é acirrar os ânimos e provocar o impeachment. Outro juiz, agora do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, julgou uma ação peticionada por sua funcionária contra a nomeação de Lula a ministro da Casa Civil. Ele deveria se declarar impedido pela relação que possui com a advogada, mas ignorou e tomou a decisão. Para agravar a situação, Gilmar Mendes julgou o mandato de segurança após almoçar com o senador tucano, José Serra, e Armínio Fraga, também ligado ao PSDB.

É um quadro grave, que nos mostra que a direita brasileira vai usar todas suas forças para derrubar a presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos. Querem quebrar a prática democrática que vem desde o fim do regime militar, para voltar aos tempos negros, sem liberdade e controlados por uma mídia oligopolizada.

A PETROBRÁS E OS PETROLEIROS

Em meio aos questionamentos dos poderes da presidenta Dilma Rousseff, a Petrobrás é um dos principais alvos. A direção da empresa parece caminhar por conta própria e vai impondo aos trabalhadores uma agenda neoliberal, de “adaptação da Petrobrás às regras do mercado”. Assim, a prioridade é o lucro, nem que para isso seja necessário o corte de direitos dos trabalhadores.

A vitória de Betânia, para representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, deu mais gás a essa proposta da direita dentro da empresa. A direção está partindo com tudo pra cima das conquistas dos trabalhadores e, simplesmente, ignora a “Pauta pelo Brasil”. Está colocando à venda o patrimônio da empresa.

Vem aí o Programa de Demissão Voluntária, o PDV. As informações que chegam aos sindicatos e à FUP são desencontradas, mas algumas parecem certas. O PDV visa demitir e aposentar mais de 12 mil trabalhadores. Não será dada opção, ou seja, os que forem “escolhidos” terão que sair. Não se sabe como serão feitos os cálculos, mas tudo deve ser anunciado na próxima reunião do C.A. Estão sendo anunciadas, mas ainda não confirmadas, a venda da BR distribuidora, das redes de gasodutos, de milhares de campos terrestres e termelétricas.

Nesse clima, a quebra do regime democrático vai significar mais arrocho sobre a classe trabalhadora. Estão anunciando uma aliança entre o PMDB de Temer, com o PSDB de José Serra, para dar o golpe e assumir o aparelho do Estado. É o pior tipo de aliança para os interesses da Petrobrás e do povo brasileiro. José Serra é um político que trabalha o tempo todo contra a Petrobrás. Basta ver o projeto que ele quer tirar o pré-sal da empresa. É a volta pura e simples do modelo mais radical do neoliberalismo. Pelo Brasil, pela democracia, pela Petrobrás e pelas nossas conquistas temos que marchar para Brasília dia 31, próxima quinta feira.

O Sindipetro/MG disponibilizará transporte. Os interessados deverão entrar em contato com a secretaria até o dia 28.  ônibus sairá às 24h da quarta-feira, 30, do sindicato. Contato: 2515-5555

Fonte: Sindipetro/MG