Graça Foster atende sindicato, reavalia modelo de contratação e nega mudança do Cofip

Sindipetro BA
 
O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, considera positiva e com resultados  imediatos a reunião com a presidente da Petrobrás, Graça Foster, realizada nesta segunda (15\7), no Rio de Janeiro. Todo o staff da empresa participou do encontro: Jose Formigli diretor de Exploração e Produção E&P, Jose Santoro ABAST, Gás e Energia, José  Figueiredo Serviços, Almir Barbassa Financeiro e Mauro Mendes gerente executivo de E&P Norte\Nordeste e José Carlos Consenza, diretor de abastecimento da Petrobrás.
 
O diretor financeiro Almir Barbassa (E&P) esclareceu que não haverá transferência alguma do Cofip para o Rio de Janeiro e que não faz sentido levar o Tributário sem a Contabilidade, desautorizando qualquer especulação sobre esta mudança. Sobre a desativação gradativa em áreas da E&P e da sondagem na Bahia, os gerentes negaram as evidências reais, mas diante das denúncias dos dirigentes sindicais das demissões dos terceirizados e transferência de  pessoal do quadro próprio, a presidente Foster determinou a apuração dos casos relatados. Ficou agendada para esta terça (16\7), nova reunião entre o Sindipetro, FUP e parlamentares, com o gerente Mauro Mendes, para apuração dos fatos.
 
Ainda segundo Paulo César, a presidente da Petrobrás tomou conhecimento da gravidade que envolve o processo de contratação das terceirizadas e das dificuldades financeiras de muitas delas, com demissões de centenas de trabalhadores, a exemplo da Lupatech, Sertel e BCH Energy, tanto nas áreas da E&P como na de sondagem. De imediato, ela determinou a prorrogação do contrato, por 30 dias, da Lupatech – que demitiria cerca de 300 trabalhadores já nesta terça – e a busca de alternativas.
 
Na carta entregue à Graça Foster, o modelo de contratação da Petrobrás, através do menor preço, é responsabilizado pela excessiva precarização das relações de trabalho na empresa. O modelo, diz Paulo César, leva as contratadas a rebaixar os preços para ganhar os contratos; posteriormente as empresas vencedoras não conseguem cumprir o acordado, são multadas, não pagam salários nem recolhem as obrigações previdenciárias e  trabalhistas e ai quebram. A presidente da Petrobrás não somente concordou com o relato, mas também orientou ao diretor de Serviços que receba os 
representantes das empresas para reexaminar os preços dos  contratos.

Confira na integra a carta entregue a Graça Foster.