Atos dos petroleiros da Bacia de Campos marcam 11 anos da P-36

Sindipetro NF realizou na manhã de hoje protestos em Campos, Macaé e Cabo Frio.

Sindipetro NF

Os petroleiros da Bacia de Campos realizaram na manhã de hoje atos públicos no heliporto do Farol de São Thomé, em Campos, e nos aeroportos de Macaé e Cabo Frio, para lembrar a passagem dos 11 anos do acidente com a plataforma P-36, que causou a morte de 11 trabalhadores e o afundamento da unidade em março de 2001.

O coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antônio de Moraes, participou do ato público no aeroporto de Macaé, que teve a presença dos diretores do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), familiares de vítimas de acidentes de trabalho, petroleiros acidentados e representantes de movimentos sociais. Foram distribuídas publicações com informações sobre a tragédia da P-36 e sobre a situação de insegurança da Bacia de Campos, além de camisas com a frase “Jamais esqueceremos”.

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Somente na Bacia de Campos, 119 trabalhadores do setor petróleo morreram desde 1998. E apenas em 2011, o sindicato recebeu 1606 Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT).

Durante as manifestações, foram lidos os nomes dos 11 petroleiros mortos em P-36. Ao final de cada nome, os participantes gritavam “presente”. Depois da leitura, foi respeitado um minuto de silêncio.

“Nós trazemos aqui depoimentos de familiares das vítimas e até algumas das próprias vítimas de acidentes de trabalho na indústria do petróleo para que o trabalhador veja que isso é real, por que a tendência é sempre achar que o acidente nunca vai acontecer com a gente”, disse Rangel.

Para ele, o trabalhador “precisa saber que dispõe de instrumentos para fazer a sua parte, no Acordo Coletivo e nas Normas Regulamentadoras”, acionando, por meio do sindicato, os órgãos fiscalizadores como a ANP (Agência Nacional do Petróleo) e o Ministério do Trabalho para exercer a fiscalização nas unidades. 

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