Divisionistas continuam na contramão dos interesses dos participantes da Petros

Segundo estimativas da Petros, aproximadamente 4.600 trabalhadores aderiram ao BPO.

Imprensa da FUP

O prazo de adesão ao Benefício Proporcional Opcional (BPO) terminou no último dia 30. Segundo estimativas da Petros, aproximadamente 4.600 trabalhadores aderiram ao benefício. Ou seja, cerca de 18% dos participantes do Plano Petros que repactuaram. Quem fez a opção pelo BPO assegurou a oportunidade de ingressar no Plano Petros-2, que tem todas as garantias previdenciárias do plano antigo e não tem teto. O valor do benefício será proporcional ao tempo de vinculação na previdência social e corrigido mensalmente pelo IPCA até o momento da aposentadoria pelo INSS e da rescisão do contrato de trabalho com a patrocinadora.

O BPO foi destinado somente aos participantes da ativa do Plano Petros que repactuaram e não implicou em transferência ou retirada de recursos do plano antigo. Durante os meses de outubro e novembro, a FUP e seus sindicatos estiveram à disposição dos trabalhadores para esclarecer dúvidas e orientá-los sobre o novo benefício. Lamentavelmente, vários participantes se deixaram levar pelos factóides dos divisionistas que, mais uma vez, se colocaram contra os interesses dos trabalhadores. Não mediram conseqüências para influenciar a categoria contra o BPO, induzindo os trabalhadores a embarcarem em aventuras jurídicas, como as ações pela desrepactuação,  e alimentando falsas esperanças em relação à derrubada do teto do Plano Petros.

O trabalhador mais uma vez é quem pagará a conta das disputas políticas plantadas pelos divisionistas. Dos 25.424 participantes do Plano Petros que repactuaram, 52% estavam acima do teto e muitos perderam a oportunidade de resolver este problema através do BPO. Uma das armadilhas utilizadas pelos divisionistas para interferir na decisão individual do participante foi dar como certa a derrubada do teto para o grupo pós-82. Uma ilusão intencionalmente criada pelos conselheiros eleitos, que divulgaram que a derrubada do teto seria analisada pelo Conselho Deliberativo da Petros. Quando na verdade esta questão não foi sequer pautada para ser discutida no Conselho, pois a diretoria da Petros se posicionou contra.

Também não foi coincidência o tal protesto judicial que as associações armaram para prorrogar o prazo das ações pela “desrepactuação”, que, a princípio, terminaria no dia 28/11. Além de influenciar na campanha do BPO, foi também mais uma estratégia dos divisionistas na tentativa de fisgar os participantes e assistidos do Plano Petros para uma aventura jurídica, cujas conseqüências podem ser extremamente danosas. Os aposentados de Campinas que o digam. Eles embarcaram numa dessas aventuras jurídicas e amargaram imensos prejuízos.