Fórum de SMS: 60 dias de enrolação da Petrobrás e desrespeito à vida!

O Fórum foi realizado no dia 06 de setembro, um ano após compromisso assumido pela Petrobrás na campanha salarial de 2010.





Imprensa da FUP

Neste sábado, 05, completaram 60 dias da realização do Fórum Nacional de Práticas de SMS, onde a FUP e seus sindicatos apresentaram suas propostas à presidência e à diretoria da Petrobrás.  A empresa continua desprezando as reivindicações de saúde e segurança, demonstrando que de fato não se preocupa com vida, nem com a família de seus trabalhadores. Uma das proposições do Fórum foi a realização de um diagnóstico conjunto das práticas e da política de SMS, com representantes da empresa e da FUP.

Até hoje, no entanto, a Petrobrás continua enrolando a categoria. Nas rodadas de negociação com a FUP, o RH informou que a empresa montou um grupo de trabalho para realizar um diagnóstico interno e só então apresentará o resultado para a FUP. Ou seja, os próprios gestores estão descumprindo o que foi acordado com o presidente a direção da Petrobrás. Desde a realização do Fórum, mais três trabalhadores morreram em acidentes e inúmeras ocorrências graves já foram denunciadas pela FUP e seus sindicatos.

As evasivas respostas da empresa para as reivindicações de SMS confirmam o que o movimento sindical vem denunciado há anos: segurança não é prioridade da Petrobrás. Enquanto isso, ocorrências graves seguem acontecendo, os petroleiros morrem, a empresa subnotifica acidentes e os gestores fazem de conta que nada disso acontece (Vazamento grave em tanque da Rlam expõe trabalhadores a alta concentração de benzeno , Insegurança na Petrobrás mata mais um trabalhador terceirizado , Reduc mantém produção em caldeira com vazamento de CO ).

Para atenderem a qualquer custo as metas de produção, os gerentes Grabriecontinuam expondo diariamente os trabalhadores a diversas situações de risco. Através da “Operação Gabrielli”, a categoria está desafiando os gestores, provando para o presidente da empresa que os acidentes que já mataram 310 trabalhadores nos últimos 16 anos não foram por “indisciplina operacional”, como ele alegou no Fórum de SMS. As mortes, mutilações e subnotificações de acidentes na Petrobrás são resultado da falta de vontade política da empresa de se contrapor à cultura autoritária das gerências, que violam leis, atropelam acordos, descumprem normas internas e desprezam os alertas dos trabalhadores sobre a insegurança e os riscos a que são submetidos no dia a dia.