Defesa da vida na pauta dos trabalhadores e movimentos sociais

A luta por condições seguras e saudáveis de trabalho está na pauta dos bancários e de outras categorias que estão em campanha neste semestre





Imprensa da FUP

A luta por condições seguras e saudáveis de trabalho está na pauta dos bancários e de outras categorias que estão em campanha neste semestre. A defesa da vida também foi tema este ano do Grito dos Excluídos, manifestação organizada pelos movimentos sociais e que há 17 anos dá um novo sentido à semana da pátria. Em 25 estados do país, houve mobilizações pelo Grito dos Excluídos, cobrando a participação popular na construção de políticas públicas que defendam a vida, o meio ambiente e a terra, com o lema  “Pela vida grita a terra… Por direitos todos nós”.

Esta semana também marcou a segunda rodada de negociação dos bancários com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), CEF e Banco do Brasil, que teve como tema a defesa da saúde e segurança. "A postura dos bancos foi de absoluto desdém em relação à saúde dos trabalhadores e às condições de trabalho", anunciou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Eles estão sendo irresponsáveis com o sofrimento dos bancários dentro das dependências."

Levantamento do INSS mostra que as doenças mentais, provocadas pela pressão por cumprimento de metas e pelo assédio moral, já se aproximam do número de casos de LER/DORT. Entre janeiro e junho de 2009, por exemplo, 6.800 bancários no Brasil foram afastados por doenças, dos quais 2.030 por LER/DORT e 1.626 por transtornos mentais. Pesquisa da Universidade de Brasília revelou que houve 181 suicídios de bancários entre 1996 e 2005, o que dá uma média de 18 por ano.